segunda-feira, 5 de abril de 2010

A bola e a pipa

No telhado havia uma bola
Murcha, verde, perdida...
Como pipa que no fio se enrola
E fica bonita e triste esquecida
balouçando ao vento livre, e presa.
Talvez não tenham alcançado.
Ou ainda, menos engraçado:
O menino tenha crescido.
Ou então era um guri mimado
Que o pranto teve logo enxugado
Pela promessa de bola futura.
Quando se depositar’ali?
A resposta não seria madura
Enquanto o menino não perguntasse antes.
E a bola resolveu esperar
O menino querer perguntar
Para só então poder cair no chão, enrugada.
E a pipa, esquelética.

Um comentário: